| Publicado por Rodrigo Sousa em: 20 de março de 2013 |
ldéia
central
O texto em estudos vem fazer
uma retrospectiva do desenvolvimento das cidades, desde os primórdios do
período paleolítico até a constituição das cidades capitalistas.
ldéias
principais
I. “As
mais antigas cidades tinham em comum, além da localizarão nos vales de grandes
rios, uma organização dominante, de caráter teocrático (o líder era o rei e chefe
espirituais), e um trago na sua estruturação interna do espago: a elite sempre morava
no centro. [...]”
Pagina: 18, paragrafo 6
O
grande marco na organização espacial das pessoas, deu-se com a criação das cidades
que, com suas bases já no paleolítico, que permitiu uma primeira aglomeração,
que se concretizou no neolítico, com a criação das aldeias, entretanto é na
antiguidade que as cidades ganham expressão e passam a centralizar o comércio e
relações múltiplas.
ll.
“Este processo de retomada da urbanização, de renascimento das cidades, foi
possível pela reativação do comércio,
enquanto atividade econômica urbana. Ao se desenvolver, esse comércio foi
criando as condiç6es para a estruturação do modo de produção capitalista e,
simultaneamente, a destruição dos pilares da economia feudal|[...]”
Pagina: 32, paragrafo 2
No período
que se segue, compreendendo a idade média as cidades perdem seu
papel
politico, econômico e social, sobretudo com a queda do império romano e com a
criação dos feudos (propriedades autônomas em relação as cidades), entretanto
as classes trabalhadoras e mercantis, como artesões e comerciantes passam a
ganhar muita importância e, ao constituírem a burguesia, acabam por reconfigurar a organização
espacial e as cidades voltam a ter seu papel
centralizador das relações e como lugar de moradia.
Ill. “O
capitalismo, enquanto modo de produção, encontra terreno firme para sua formação
a nível politico, através da aliança estabelecida entre o capital comercial
e a realiza, e a nível do ideológico, através
das doutrinas mercantilistas. [...]"
Pagina: 38, parágrafo: 1
Com
esta aliança, o capital ganha as bases para se expandir onde o surgimento dos
estados nag:6es absolutistas permitem uma verdadeira revolução na forma de apropriação
do trabalho, sobretudo pela colonização e consequente acumulação.
IV. “A expressão
indústria traduz, no seu sentido mais amplo, o conjunto de atividades humanas
que tem por objeto a produção de mercadorias, através da transformação dos
produtos da natureza. Portanto, a própria produção artesanal doméstica, a
corporativa e a manufatureira representaram formas de produção industrial, ou
seja, um primeiro passo no sentido de transformar a cidade
efetivamente num espago de produção."
Pagina: 42, parágrafo: 3
A criação
das industries remontam um novo quadro nas cidades, no qual as relações de
trabalho passam a ser antes de mais nada a ferramenta de dominação onde o
capital ganha as bases para a sua reprodução, no sentido de permitir maior acesso
e, consequente maior dependência.
Análise
do texto
Maria Encarnarão Sposito vem
buscar identificar a partir de uma releitura do processo histérico as ‘bases
para a organização dos meios urbanos como os conhecemos hoje, enfocando
sobretudo as relações múltiplas que se estabelecem na construção deste processo
histérico.
A importância que as cidades
passaram a assumir no cotidiano humano, sobretudo a partir da implementação das
industrias representa a própria forma de
organização e uso do espago, onde surgem o
trabalho assalariado, os problemas urbanos e de uma forma mais abrangente, o
capitalismo monopolizador.
O capitalismo por sua vez
ganha forma na cidade, onde tudo passa a ser quantificado na base da moeda,
onde os valores se confundem a valores financeiros e a busca pela sobrevivência
passa a ser a marca da vida, antes de mais nada, competindo e explorando o máximo
possível.