| Publicado por Rodrigo Sousa em: 22 de maio de 2013 |
HOLANDA,
Virginia (trad.). SILVEIRA, Maria Laura. Globalização
e circuitos da economia urbana em cidades brasileiras. Cuardernos Del Cedes.
Caracas Venezuela. Ano 21. Terceira época. Setembro-dezembro de 2004. ISSN:
1011-2508.
FICHAMENTO
ldéia
central
O texto busca discutir a
forma como os homens se relacionam na cidade a partir da sua forma de trabalho,
considerando a cidade como uma totalidade de
coisas, pessoas, objetos, relações, formas e ações, de maneira dinâmica
e com desigualdades fortemente perceptíveis.
ldéias
principais
I. “[...]
O circuito superior pode ser identificado com as atividades modernas, geralmente
vinculadas a exportação, entanto o circuito inferior corresponde a formas de
fabricação intensivas de trabalho e não modernas. O circuito superior marginai
esta constituído por formas mistas pertencentes tanto a atividades herdadas de
divisões de trabalho pretéritas como formas de trabalho emergentes e
inseridas nas atividades modernas.
Pagina:01, paragrafo 1
Estes
circuitos representam as relações entre o meio construído e a dinâmica urbana
no processo de globalização, tendo como intermediador nessa relação o trabalho,
enfocando a d6SlQU3fd8d9 como o objetivo e resultado deste processo.
ll. “[...]
a unidade motor ou em outras palavras, a apropriação da mais valia por um pequeno
numero de atores globais, fundada na nova base material e na possibilidade de
dispor de informações num tempo real, a responsabilidade das acelerações do
período. Aumenta vertiginosamente a velocidade de produção do dinheiro no
estado puro porque aumenta o numero de mecanismos verticalizados capazes de
extrair mais recursos de mais atividades, de mais pessoas, de mais lugares. A
publicidade e o crédito são estratégias eficientes nessa guerra por uma maior acumulação
de capitai. Como cada porção da cidade é avaliada em função de sua capacidade
de reproduzir dinheiro, algumas vaiem tesouros disputados enquanto outras são desprezadas.”
Pégina:04, parágrafo 5
O
objetivo de qualquer empresa, investidor: ou mesmo, trabalhador Iliberal é
extrair o máximo proveito do trabalho, nem que para isso tenha que assumir
postura de explorador e apropriador da força de trabalho alheia, com o objetivo
maior de adquirir o poder propiciado peio capitai usando ferramentas desenvolvidas
historicamente como a publicidade e o crédito.
Ill. “[...]
As atividades de pequena escala, cujos atores são os mais pobres, tem relações
privilegiadas com sua região. Nem se quer as cidades que reconstrói seu presente
a imagem das variáveis hegemônicas esta formada somente pelo setor moderno
(circuito superior), sim também por um circuito inferior, que não e um freio
da modernização e sim seu resultado, e incluso,
por um circuito superior marginal, nascido sobre tudo em função da relevância
que adquire a circulação. [...]”
Pagina: 06, parágrafo: 1
É certo
que não é somente as grandes empresas e o Estado que ordenam a cidade,
configurando-a a seu melhor gosto, mas existem os trabalhadores que assumem um
papal importante na construção da cidade, ao abrir uma fabrica de fundo de
quintal uma loja, uma empresa de prestação de serviços. Esta forma de perceber
a cidade ressalta-a em sua totalidade, não atribuindo a sua importância ao
centro econômico-industrial, mas na dispersão das atividades de trabalho.
Análise
do texto
Percebemos assim, o quanto a
cidade é dinâmica, o quanto os atores sociais que a configura estabelecem relações
diversas, que possibilitam os territórios dentro da cidade e a própria cidade,
de forma relacional, mesmo que é base da exploração do trabalho e, com o fim de
acumulação do capital.
Ultimamente, verifica-se
cada vez mais o crescimento das pequenas e medias empresas, que se utilizam de
técnicas modernas, fenômeno que a autora chama de circuito superior marginai,
mas surgem com tão grande rapidez as empresas prestadoras de serviços que
apesar de não utilizar-se diretamente da modernidade, está revividas neste
processo, configurando o circuito inferior, entretanto as empresas globais
ainda serem as comandantes deste processo, mas e um processo de mudanças que
possivelmente resultará na quebra do poder hegemônico, como já escorreu no
passado com o surgimento da burguesia.
Mas não nos enganemos, o que
está por traz desta divisão da cidade em circuitos econômicos, é a
desigualdades social, financeira e humana, os meios como o homem se apropria do
outro é cruel e racionalmente explorador. O objetivo maior da totalidade das
empresas é ascender nos circuitos e tomar-se uma potência regional e mundial,
sem medir os meios para isso.